Quando pensar cede ao ato seu espaço excessivo
Seminario
Fecha tope
29 julio 2018 - Montevideo
Duas analíticas do sexo (seqüência)
Seminário proposto por Jean ALLOUCH
O que me salva do ensino é o ato.
J. LACAN, 19/04/1970.
ARGUMENTO
Um ato sem relação e não obstante um ato, assim evidenciou-se para Jacques Lacan o ato sexual. Aquele do qual se dispensa o onanista, este que soube, dentre tão poucos, se aproximar de D. H. Lawrence. Sua escrita foi reconhecida como andrógina por duas mulheres, que não se poderia qualificar de ingênuas: Anaïs Nin e Catherine Millet.
O ato analítico é também um ato sem relação? Ele é o deste analista que Lacan alojava em certo lugar caracterizado por um “eu não penso”. Pergunta-se: é possível não pensar sobre o analisante, que seja um só instante? Uma ascese impossível?
Segundo Lacan, a análise daria acesso a esse lugar. Chega-se aí, acessa-se aí, por meio de um salto que ele chamava de “passagem ao ato advertida”.
O que equivale a dizer que, a partir daí, a passagem ao ato pode ser reconfigurada, em especial porque, recentemente, Fethi Benslama anunciou (fato raro) um novo dado clínico: o salto épico.
Somente poderemos abordar essas questões distinguindo duas analíticas do sexo: uma primeira centrada no objeto a, uma segunda na qual se trata da inexistente, não obstante, insistente relação sexual.
BIBLIOGRAFIA
Allouch, Jean, L’Autresexe, Paris, Epel, 2015.
— Pourquoi y a-t-il de l’excitation sexuelle plutôt que rien ?, Paris, Epel, 2017.
Lacan, Jacques, La Logique du fantasme.
— L’Acte psychanalytique.
Lawrence, D.H., L’Amant de lady Chatterley [1932], Paris, « Folio » Gallimard, 1993.
Millet, Catherine, La Vie sexuelle de Catherine M., Paris, Éd. du Seuil, 2001.
— Aimer Lawrence, Paris, Flammarion, 2017.
Moravia, Alberto, Moi et lui[1971], Paris, Flammarion, 1971.
Nin, Anaïs, D.H. Lawrence. Une étude non professionnelle[1932], Paris Payot Rivages, 2003.
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Photo: Lucio Fontana, Spatial Concept
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